O leque de atribuições de um arqueólogo é bastante extenso. Suas atividades estão distribuídas entre os ambientes acadêmico e corporativo. Contudo, o objetivo do profissional deve estar alinhado com o propósito maior da disciplina arqueológica, ou seja, o conhecimento sobre as sociedades através dos seus vestígios materiais. Esses vestígios são indicadores do modo como viviam, pensavam, criavam, produziam e se relacionavam entre si, com o meio e com outros grupos humanos.
Os tipos de registros que a existência das sociedades imprime no ambiente são os mais diversos, entre pinturas rupestres, ferramentas líticas, adornos, enterramentos, louças, habitações e até remanescentes do corpo humano tem o potencial de fornecer uma gama de conhecimento arqueológico.
No Brasil, a formação de um profissional em Arqueologia acontece por meio do curso de graduação ou de pós-graduação. Os meios de atuação se concentram em grande parte nas pesquisas acadêmicas dos cursos universitários e programas de pesquisa ou por meio de contratos de licenciamento ambiental de empreendimentos diversos previstos na legislação. Em todos os casos, as pesquisas arqueológicas que envolvem impacto ao patrimônio devem ser autorizadas e fiscalizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN.
As atividades desempenhadas pelos arqueólogos se dividem entre o campo (local da pesquisa onde se encontram os vestígios), o laboratório (onde se faz a análise e curadoria do material coletado em campo), o escritório (onde se processa os dados e produz os relatórios e artigos com as interpretações das análises). Somam-se a isso as ações de extroversão das informações produzidas pelas pesquisas arqueológicas, ou seja, de devolução a sociedade que podem ser em forma de palestras, cursos, oficinas de Educação Patrimonial; publicação de cartilhas, artigos, relatórios etc; organização de exposições dos objetos arqueológicos ou mesmo ações de informação durante o desenvolvimento das pesquisas.
Define-se como “campo”, o local onde ocorre a evidenciação dos objetos, registro e resgate arqueológico. Pode ser em meio rural ou urbano. No laboratório cada peça é analisada com minúcia para extração de todos os dados que esta puder fornecer, como por exemplo, datação, função, estilo, técnica de produção etc.
No escritório os dados são processados, interpretados e divulgados. Alguns vão para banco de dados públicos e podem gerar estatísticas e informações para contribuir em futuras pesquisas. Como foi possível conferir, a arqueologia fornece um leque de possibilidades de atuação. Gostou dessa publicação? Confere as outras do blog!